Após anunciar que a empresa do designer do iPhone, io, seria integrada à OpenAI para a criação de um novo dispositivo que pode revolucionar a indústria, Sam Altman, em reunião com seus funcionários, deu detalhes sobre o que tem sido trabalhado nos últimos anos. A ideia é que este hardware de IA da OpenAI seja uma terceira opção de dispositivo além do iPhone e do MacBook. Entenda a parceria entre os profissionais e quando isso será lançado. 474s1k
Início de uma parceria 3e681y

Anunciada por meio de uma postagem no blog da OpenAI, seguido de um vídeo de nove minutos, a parceria com a io — empresa de Jony Ive, designer do iPhone e do MacBook — pode ser considerada estratégica. Jony e a OpenAI trabalhavam juntos desde 2023, tanto com a io, quanto com a LoveFrom, uma comunidade coletiva de profissionais também criada por Jony Ive em 2019, logo quando saiu da Apple. Relembre suas principais criações: o primeiro iPhone, de 2007 e o iMac transparente, de 1998.

Eles começaram a trabalhar em um aparelho que ainda não tem um nome ou muitos protótipos, para evitar vazamentos, mas a ideia é promissora. O plano original era que a startup de Ive construísse e vendesse seu próprio dispositivo usando a tecnologia da OpenAI, mas Altman disse que acabou percebendo que isso não funcionaria. Altman disse que sabia que as duas empresas teriam que se fundir porque o dispositivo não era apenas um ório, mas uma faceta central do relacionamento do usuário com a OpenAI.
Nós dois ficamos animados com a ideia de que, se você assinasse o ChatGPT, deveríamos simplesmente enviar novos computadores para você, e você deveria usá-lo.
Sam Altman sobre a criação em parceria com Jony Ive.
Para que as empresas fossem fundidas, a OpenAI desembolsou US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 36 bilhões em conversão direta), sendo considerada esta a maior aquisição da criadora do ChatGPT até o momento. Vale lembrar que a OpenAI já era detentora de 23% da io antes dela ser integralmente fechada, mas se sabe que a negociação será finalizada em ações.

Assista ao vídeo do anúncio da parceria, anunciada no último dia 21 de maio:
O que se espera do novo gadget de IA 4b2e43

A ideia é criar um dispositivo que eliminaria a necessidade da digitação de comandos de voz para usar o ChatGPT. Ao mesmo tempo, Altman confirmou em uma reunião, como reportou o Wall Street Journal, que este gadget de IA não seria um smartphone (e nem mesmo um par de óculos inteligentes) e o maior foco era manter as pessoas distante das telas.
Jony Ive e Sam Altman também revelaram que o aparelho será capaz de ter total noção do local e da situação em que está, além de captar dados do dia a dia do usuário. O mesmo também será discreto e poderá ser colocado no bolso.
A ideia aqui é que, além de um iPhone e de um MacBook, a pessoa também use este hardware de IA em seu cotidiano, como um assistente que pode ser utilizado a qualquer momento e para diversas atividades. Ainda não se sabe o formato, mas Sam Altman ressalta que este será um “novo tipo de computação”.
A IA é um grande salto em termos do que as pessoas podem fazer. Isso traz a necessidade de um novo tipo de formato de computação para extrair o potencial máximo da tecnologia.
Sam Altman sobre a criação em parceria com Jony Ive.
Dados da Bloomberg apontam que o novo dispositivo tem o apoio de nomes importantes na indústria de dispositivos móveis, como a viúva de Jobs, Laurene Powell Jobs, que colocou capital por meio de sua firma de investimentos, a Emerson Collective. Outros financiadores são Thrive Capital, Sutter Hill Ventures, Maverick Capital e SV Angel.
Preço e disponibilidade 74f1t

A ideia de Sam Altman e Jony Ive é colocar este gadget de IA no mercado em 2026, sem um preço revelado até o momento. A categoria de broches e aparelhos autônomos de IA é bastante controversa e pode-se dizer que os dois últimos aparelhos lançados para este mercado foram considerados um verdadeiro desastre.
A começar pelo Rabbit R1, o dispositivo foi apresentado na CES 2024 e até chegou a ter seu estoque esgotado durante a pré-venda. Quando chegou ao mercado geral e, principalmente, à mão do público, foi descoberto que ele não tinha nada de inovador: além de ser bastante limitado em questão de conectividade, o sistema operacional do Rabbit R1 era, na verdade, um aplicativo Android rodando em um dispositivo menor.

Outra ideia que soou interessante apenas na teoria foi o AI Pin, da Humane. A ideia era semelhante ao Rabbit R1: ser um aparelho autônomo, que contava com recursos de IA, projetor e mais funcionalidades. Contudo, o preço para ter o a isso não era nada ível: US$ 699 (R$ 3.984 em conversão direta).

Com um valor tão alto, muito se esperava do aparelho. E foi aqui que a empresa começou a ter problemas. Primeiramente, a bateria do gadget não durava pelo tempo suficiente, o que deixava os usuários com apenas um item decorativo na roupa. O AI Pin acabou tendo menos tempo de vida do que o esperado e, como ponto final nesta história, a Humane, empresa por trás do dispositivo, foi vendida para a HP em fevereiro de 2025, que descontinuou o projeto.
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Veja também
Com algumas informações: OpenAI l Wall Street Journal l