Atrizes de The Last of Us tem um recado para fãs homofóbicos: “não assistam” 62a4a

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Série de The Last of Us mostra história de pessoas num mundo pós-apocaliptico, mas alguns espectadores criticam o fato de parte delas são LGBTQI+

A série de The Last of Us é um grande sucesso para a HBO, mas não está agradando alguns espectadores, que em suas cabeças retrógradas ficam na expectativa de uma produção que não tenha “lacração”. Como seus desejos egoístas não são realizados, eles optam por atacar os envolvidos no show pela internet – mas os responsáveis já estão ficando cansados desse tipo de situação, falando que basta não assistir à série para não se frustrar. f3d2o

Entendendo a situação das reclamações de The Last of Us 4f4n2l

Imagem: Reprodução/HBO Max

Aviso: spoilers leves de The Last of Us (tanto o jogo quanto a série) a seguir

Resumidamente, algumas pessoas estão ficando irritadas com o fato que a série está mostrando relacionamentos homossexuais – com o episódio sete tendo como foco a paixão de Ellie (Bella Ramsey) por Rilie (Storm Reid), e já clássico terceiro episódio mostrando como um homem socialmente incapaz achou razões para viver no mundo pós-apocalíptico através do amor pelo seu companheiro.

As reclamações são variadas, dizendo desde que o show está tentando ser uma propaganda LGBTQI+ ou que está adicionando conteúdos que não existiam no videogame que originou a trama – sendo que, na verdade, a relação de Ellie e Rilie é idêntica e o jogo também deixa implícito que Bill é gay.

As atrizes responsáveis pelas personagens adolescentes da série, porém, já vieram a público detonar esse tipo de comportamento. Após o lançamento do terceiro episódio, Bella Ramsey comentou que “As pessoas vão pensar o que acham que é certo, mas a realidade é que elas precisam se acostumar” sobre os comentários da relação de Bill e Frank, afirmando que seriam essas pessoas que estariam perdendo um ótimo conteúdo por valores incompatíveis com o mundo atual.

Storm Reid, para o site EW.com, após o sétimo episódio da série, já foi mais assertiva, afirmando que se não estão gostando basta não ver The Last of Us em vez de ficar reclamando – com ela complementando que a série conta histórias de pessoas que vivem no mundo, e que isso envolve tanto negros, LGBTQI+ e qualquer outro tipo de minoria. 

Mais representações de minorias devem aparecer em grandes produções 285h2h

Imagem: Reprodução/HBO Max

Infelizmente, os comentários atacando produtores e atores de produções não são algo exclusivo da adaptação de The Last of Us. Há anos, sempre que uma série ou filmes aborda algo minimamente fora das expectativas de conservadores, elas recebem milhares de comentários muitas vezes tóxicos de fãs que dizem que aquilo não condiz com a obra.

Exemplos recentes envolvem os comentários terríveis recebidos por Brie Larson após ser a primeira protagonista feminina do Universo Cinematográfico da Marvel, assim como Kelly Marie Tran e Daisy Ridley sofrendo ataques machistas por seus papéis importantes na nova trilogia de Star Wars – com todos essas situações não envolvendo diretamente a qualidade dos longas, mas sim somente preconceitos de uma parcela dos consumidores.

Porém, como a própria Bella Ramsey comentou, é melhor que as pessoas comecem a se acostumar: a tendência é que cada vez mais produções comecem a retratar minorias em papéis de destaque, afinal elas fazem parte de nosso mundo e são protagonistas de suas próprias vidas – ter representatividade é o mínimo para um mundo mais abrangente e mais realista quanto a pluralidade da existência. 

É triste e preconceituoso achar que The Last of Us não ter tido um episódio focado em um beijo héteroa torna um produto inferior. A realidade que vivemos em pleno 2023 (e, na verdade, sempre vivemos, mas infelizmente a situação era muito mais crítica do que agora o que fazia ela ser menos evidente) é que em todo lugar que vamos contamos com pluralidades de cor, sexualidade e crenças – desrespeitar essa variedade e só querer a representação de uma maioria é lutar contra a realidade da existência.

No fim, tudo isso fica como um importante exercício: será que ver pessoas sendo felizes fora de uma falsa normalidade marretada por culturas preconceituosas é tão impactante mesmo ou o medo do “diferente” que é tão forte? Quem sabe, com mais representações boas, poderemos ter uma resposta para isso. 

Veja também

Episódio 7 de The Last of Us: Ninguém ficará para trás

Fonte: Entertainement Week

Revisado por Glauco

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